Qual o significado do véu da noiva?

Quando se fala em casamento, a imagem que imediatamente vem à nossa mente é de uma noiva toda vestida de branco, com direito a um véu esplendoroso e exuberante. Esse acessório que tem o seu lugar de destaque na composição do look da noiva é carregado de história e simbolismo. 

Neste post, vamos explorar a rica tradição por trás do véu, abordando sua origem, simbolismo e evolução ao longo dos séculos. Confira!

Um acessório carregado de simbolismo

No cerimonial de um casamento, poucos elementos têm tanto significado quanto o véu da noiva. Mais do que um acessório elegante, ele é um símbolo que transcende o tempo e as culturas.

Entre todos os acessórios utilizados para compor o look de uma noiva clássica, o véu é uma das peças mais importantes. O item já foi usado por mulheres de diferentes culturas ao longo da história e já foi símbolo de inúmeros conceitos, como virgindade, modéstia e submissão.

A verdade é que com o véu o visual da noiva fica ainda mais tradicional e encantador. Confira a seguir qual é o verdadeiro significado do véu da noiva.

O significado do véu da noiva na antiguidade

O uso do véu aparece em diversos momentos e contextos da história. Por isso, não há um consenso a respeito de como ele surgiu.

Na cultura oriental, o véu era usado devido a uma associação com Ishtar, considerada na Mesopotâmia como a deusa da fertilidade e da primavera, e cuja mitologia está relacionada à origem da Dança dos Sete Véus. Posteriormente ela também foi assumida na mitologia nórdica como Easter, Deusa do Amor. Ela teria sido a primeira mulher a usar um véu, elemento que nessa época remetia a questões como fertilidade e sedução.

O uso do véu antigamente

Não demorou muito até que o uso do véu se tornasse um costume também para as mulheres mortais dos povos da Babilônia e Mesopotâmia. Mais tarde ele chegou até os gregos.

Na Grécia Antiga, o véu era usado no dia do casamento para proteger a noiva da inveja das moças solteiras e do olhar de admiradores que não o próprio noivo.

Muitas das tradições e superstições ligadas à cerimônia de casamento vem dessa crença pagã, que teve origem na Grécia Antiga. Nessa época, acreditava-se que a noiva era o alvo principal dos maus espíritos. Por isso era preciso que ela cobrisse o rosto com panos e fosse acompanhada por mulheres vestidas de maneira semelhante a ela. Isso ajudaria a confundir os maus espíritos, garantindo então a sua proteção. Essa tradição deu origem às damas de honra.

Foi dessa mesma forma que nasceu a tradição de prender diversos utensílios de metal (como canecos, por exemplo) à carruagem nupcial, também com o objetivo de afugentar os maus espíritos.

O véu servia como uma espécie de proteção
O véu servia como uma espécie de proteção

O véu na cultura romana

Anos depois, esse costume foi incorporado pela cultura romana, e a partir de então passou a difundir-se por todo o mundo. As noivas romanas pertencentes à nobreza usavam um longo véu em tons de amarelo ou vermelho, que cobria todo o seu corpo.

Batizado de Flammeum, esse véu também possuía o objetivo de proteger a mulher de maus espíritos.

Véu Flammeum
Véu Flammeum

A mitologia greco-romana liga o uso do véu e a origem de seu nome à Deusa Vesta, que era considerada a protetora do lar em sua cultura.

Na Idade Média, o véu passou a ser usado como uma parte do vestuário feminino da nobreza. Ele protegia a pele e os cabelos do sol e vento, e até mesmo de insetos.

Esse item era de uso exclusivo de mulheres casadas pertencentes à elite, e seu tamanho era proporcional à riqueza da família. Por conta disso, as camponesas não tinham permissão para usá-lo. 

A tradição do véu branco

A principal responsável pela popularização do uso da composição de vestido branco, véu e grinalda no dia do casamento teria sido a Rainha Vitória, do Reino Unido.

A responsável pela tradição milenar
A responsável pela tradição milenar

Ao casar-se com seu primo Albert e fazer uso desses elementos combinados durante a cerimônia, ela provavelmente não imaginava que estava inaugurando uma tradição milenar entre as noivas do mundo todo.

Para casar uma de suas filhas, a rainha teria encomendado uma música ao compositor Felix Mendelssohn. A música veio a se tornar conhecida mundialmente e eternizada como a tradicional Marcha Nupcial.

O véu nas religiões

Nos últimos séculos, o significado do véu da noiva esteve intimamente ligado a costumes religiosos. Apesar de sua origem ser atribuída à Mesopotâmia, no livro Gênesis, da Bíblia, já é possível encontrar relatos a respeito do uso desse elemento, como quando Rebeca se cobre com um véu quando se aproxima de Isaac, que viria a ser o seu marido.

Quando o cristianismo surgiu, o uso do véu já estava amplamente enraizado em diversas culturas ao redor do globo. Esse costume foi então ressignificado, e passou a ser interpretado como um sinal de castidade e modéstia.

O uso do véu passou a ter vários significados
O uso do véu passou a ter vários significados

Nas religiões judaica e islâmica, o uso do véu já havia sido adotado desde a antiguidade, em cerimônias religiosas e/ou ocasiões sociais. A tradição diz que, antes do casamento, o pai deve abaixar o véu sobre o rosto da filha, e ao entregá-la ao noivo, este deve levantar o adereço.

Mais adiante, surge a tradição do noivo recolocar gentilmente o véu sobre o rosto da noiva, seja para receber uma bênção do rabino, ou como uma promessa de proteção e cuidado mútuo.

Em árabe, a palavra para “véu” é “hijab”, que significa “o que separa duas coisas”, representando a separação para a noiva da vida de solteira para a vida de casada.

hijab
Hijab

Em diversas outras culturas, também se usa o véu para cobrir o rosto da noiva até o final da cerimônia, quando então o noivo o levanta e por fim conhece o rosto da sua esposa. Essa seria uma forma de reconhecimento de que o casamento acontece devido à beleza interior da noiva, e uma prova de que, apesar de a beleza ser efêmera, o amor do casal será eterno.

O véu também aparece na bíblia nas representações de Maria, mãe de Jesus, o que remete à ideia de sagrado.

Mantilha

A mantilha é um adereço muito semelhante ao véu, que teve origem na Espanha. Esse item simbolizava a humildade, beleza e pureza da noiva.

Apesar da semelhança entre o véu e a mantilha, há alguns detalhes que os diferenciam. A mantilha, por exemplo, leva renda em suas extremidades.

Véu Mantilha
Véu Mantilha

A tradição da mantilha é mais rica do que a do véu, que, por sua vez, tem o seu uso um tanto quanto esvaziado de sentido atualmente. Tradicionalmente, as mães passam o acessório de geração para geração, o que garante um significado ainda mais rico e precioso para a noiva que irá usá-lo.

Outra curiosidade sobre o acessório é o seu modo de uso específico: a mantilha deve, necessariamente, cobrir a cabeça da noiva, de forma a esconder os seus cabelos e ombros.

Hoje em dia

Na igreja católica, o véu era comum até a década de 1960. Atualmente, o seu uso já não é mais obrigatório, e cabe a cada noiva decidir se irá ou não complementar seu visual com um véu.

Segundo o que consta na bíblia, o véu significava a honra e a dignidade das mulheres. Mais recentemente, no Ocidente, o véu já foi também um símbolo da virgindade da noiva. Hoje não existe mais essa representação e, na verdade, o véu é muito mais um aliado para compor um visual com toque mais romântico do que um acessório com um simbolismo específico.

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